Matéria veiculada no Jornal mais, de Igaraçú do Tietê, de 04 de julho de 2015, pág 4
Por um futuro livre de drogas
Proerd
conclui mais uma turma em Igaraçu do Tietê, com expectativa de formar cidadão
conscientes
Formandos do PROERD de Igaraçu do Tietê |
O auditório Jandira Ruiz Segura foi mais uma vez o local escolhido para sediar mais uma solenidade de conclusão do Proerd – Programa Educacional de Resistência às Drogas, que formou cerca de 250 alunos do 5º ano da escola João Tuschi.
Casa
cheia para conferir de perto o aprendizado desenvolvido ao longo de 10 semanas
pelo instrutor, o cabo PM Enzo Henrique Gurizan, que há três anos se dedica a
este trabalho voluntário, a atribuição menos estressante e mais prazerosa de
sua rotina como policial.
Ministrado
em mais de 55 países, o Proerd foi introduzido no Brasil na década de 90 e
obtido grande sucesso, por criar um vinculo entre a criança, policial e
sociedade. “O resultado vai depender da estrutura e suporte que a família
oferece. A gente é a ponte, que orienta e explica os malefícios que as drogas,
bebidas e violência causam na vida de uma pessoa, mas a participação da família
é fundamental neste processo”, alertou o policial.
Um
problema que acomete crianças e jovens cada vez mais precocemente, as drogas
são a porta de entrada para o mundo do crime. “Quando a pessoa vicia e não tem
dinheiro, passa a furtar e roubar para satisfazer seu vício. Há 15 anos como
policial em Igaraçú, já vi muitos casos assim, porque infelizmente existem
alguns indivíduos nocivos à sociedade, que se aproveitam da situação do menor,
para inseri-lo no mundo das drogas; vendendo e usando. São pessoas que não tem
amor à vida, nem ao próximo e só visam o lucro”, destacou Gurizan.
A
dica do policial é olhos atentos a todos os passos. “Tem que ser chato, pegar
no pé mesmo. O que não pode é abandonar o filho, porque senão da noite para o
dia uma pessoa chega e destrói a vida do filho e de toda a família. É preciso
estar atento às companhias, pegar o caderno e acompanhar o que está aprendendo
em sala de aula, porque tem crianças que vão para escola e não tem uma linha
escrita, o que significa que tem algo errado. Um filho pode perder um pai já é
difícil. Agora imagina um pai que dá amor, carinho e, de repente vê tudo ir por
água abaixo por causa da má influência das drogas. Tem que saber a hora que sai
e que chega, com quem está e, principalmente, comer juntos à mesa e não cada um
num cômodo da casa, sem conversar. Eu queria que no futuro meus alunos não
sejam ignorantes, mas sim cidadãos de bem, que vençam na vida e sejam felizes.
E esta conquista só é possível longe das drogas, das bebidas e da violência.
Tem que aprender a dizer não, porque o mundo está complicado e cheio de más
influências”, completou.
Oficial
de ligação do Proerd, responsável por coordenar os trabalhos em dez batalhões,
a tenente Rosemary Ulian, elogia o comprometimento dos policias envolvidos com
o Proerd. “Além da formação policial, eles precisam fazer cursos de capacitação
e passar por avaliações para saber se estão aptos a lidar com as crianças. Além
disso, trabalham na viaturas, atendem os chamados via 190 e ministram cursos
nas horas de folga. É um trabalho de formiguinha que dá resultado. Eu digo que
o instrutor Proerd, é um policial que tem que fazer um pouco mais que os
outros”, destacou.
A
coordenadora do Proerd também ressaltou a importância da família na formação do
caráter. “O policial fica dez semanas passando conhecimentos, mas é importante
que a família dê continuidade, porque as crianças já sabem os limites e como
conviver em sociedade. A
função dos pais e responsáveis é lembrá-los de suas obrigações. Eu costumo
dizer que nós adultos já destruímos boa parte do mundo, mas a criançada pode
deixar o mundo melhor. Por isso temos que focar na educação e na sua criação,
para que sejam cidadãos de bem”, concluiu Rosemary.
Matéria veiculada no Jornal mais, de Igaraçú do Tietê, de 04 de
julho de 2015, pág 4
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