O
Projeto Sombra, desenvolvido pelo 27º Batalhão de Policia Militar do Interior, consiste
no emprego de RPAS (Remotely Piloted
Aircraft Systems ou Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada) de asa
rotativa, com o propósito de racionalizar o emprego de meios em ações policiais, de forma a prover
maior segurança às equipes em solo e obter material suficiente para melhor
subsidiar a adoção de medidas relacionadas às questões de Ordem Pública e
Defesa Civil.
Em utilização desde Novembro de 2015, o
sistema provou ser extremamente eficaz em ações emergenciais, em razão de sua
portabilidade, possível em virtude da acoplagem de todos os seus componentes em
uma maleta, a qual permanece disponível constantemente em viatura policial.
Também já houve demonstração de eficácia em operações planejadas, dada a
capacidade de programação do itinerário da aeronave por Waypoints. Estuda-se,
nesse momento, a instalação de câmera térmica, que favorecerá a localização de
pessoas em áreas abertas e/ou edificadas.
No ano de 2016, houve emprego relevante do RPAS na
detecção casual de uma área de desmatamento ilegal em Área de Preservação
Permanente onde se buscava possível plantação de Maconha, bem como em apoio à
Prefeitura Municipal de Barra Bonita na identificação de focos de reprodução de
vetores do mosquito Aedes Aegypti; e
mais ações ainda estão por vir.
Para galgar o atual patamar, diversos
meses de preparação foram necessários, tanto no aspecto técnico em termos de
preparação de operadores, Hardware e Software, como também na formalização
junto às agências reguladoras e na própria Polícia Militar do
Estado de São Paulo.
Cap PM Terra segurando o RPAS da Policia Militar
O Projeto Sombra apresenta-se como uma
alavanca capaz de impulsionar o desenvolvimento de novos projetos na área de
Segurança Pública e de Defesa Civil. Provenientes de parcerias ou mesmo de
investimentos com previsão orçamentária, muitos serviços públicos poderão ser
beneficiados com mais essa ferramenta tecnológica que está surgindo,
exigindo-se, porém, muita seriedade e responsabilidade dos profissionais que
pretendem direcionar esforços nesse sentido, a fim de não adotar procedimentos
que, de alguma forma, venham a comprometer a segurança de voo e,
consequentemente, criar barreiras que possam inviabilizar a estruturação do
emprego de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT) no Brasil.
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